sábado, 2 de janeiro de 2010

Novo ano?


O ano se foi como uma onda, dando lugar à uma nova, que se aproxima também da beira-mar. Muda-se o calendário, mas e as pessoas?
O tempo cura feridas profundas, mas cicatrizes são inevitáveis. O que vc fez ano passado n será esquecido, pelo menos não o mal.
Talvez os nossos medos e anseios tenham sido fogos, findos e, me permita o trocadilho, explosivos. Vejo eles caindo numa chuva de fogo sobre mim.
E prevejo um longo 2010, com problemas novos e novas situações, mas tenho medo da minha mesma maneira de lidar com tudo.
Quem sabe o tempo cure todos nós?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Susto!


De repente, você sumiu.
Estava logo ali na esquina!
Mas por não te ver
(somente alguns minutos)
o mundo pareceu maior, e mais solitário.
Nada fazia sentido.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Money

O dinheiro nunca é suficiente.
Não como, mal durmo, mal pago.
Amar não deveria ser de graça também?
Onde estão minhas revistinhas?
Na banca ainda.
Onde estão os meus remédios?
Na farmácia ainda.
Onde estão...
as almas das moedas?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jealous Maiden

Why does my heart cry?

Se estamos juntos, se estamos perto...
Mas não o sinto tão comigo.
Minha mente projeta
outras mãos, outras bocas,
EM VOCÊ.
E eu sei que o amor existe,
pois nada seria tão cruel.
Oh, por favor,
acaricie minhas dores,
beije minhas saudades,
que quero estar com você
mesmo que dentro de mim,
jorrando amor vermelho pra todo lado.
E não posso nem imaginar
a sua imagem em outra mente
que não a minha;
Não quero imaginar
o seu amor
em outro
que não o meu.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A place under the sun


Se o sol nasce para todos, então para quem ele se põe?

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

The stairs



"Eu acho que ninguém vai ler isso. talvez eu nem esteja escrevendo e seja outro sonho como aquele. Eu sonhei que..."
Eu o vi caindo da escada, aquele meu amigo; senti seu baque surdo quando seu corpo tocou o chão frio, e o barulho que fez suas mãos ao espalmarem o solo. Gosto de química, uns comprimidos pra dor, talvez, tomados aos montes que agora espalhavam um gosto horrível de morte pela boca. Essa era a causa da tontura e da coragem...não, a coragem veio antes, enquanto chorava. Os bons covardes (se é que isso existe) choram muito, sabia? De rancor, de vergonha, de...covardia. (!)
Enfim, era o que estava acontecendo. Eu estava lá. E eu vi quando uma mulher se aproximou e aninhou aquela cabeça moribunda entre os joelhos. Espere, eu estou dentro daquele corpo, mas estou assistindo de fora. Eu vejo e eu SINTO. As lágrimas dela caiam quentes no meu rosto (no dele?) e seus gritos...
-"Minha cria! Meu útero! Agora se perdeu! Por que você fez isso, infeliz?"
Ah! Seus gritos furariam qualquer coisa que pudesse ouví-los! E partiriam cem corações que se pusesse a ficar ao seu lado, com um corpo morrendo em seu colo. Por quê?
"Me desculpe, não pude conter. Vou parar de chorar, espere um pouco."
Mas é tão triste, não vê? Esses degraus, que foram descidos em meio segundo, um tempo quase divino (ou não). Esse...sangue que não jorra de jeito nenhum, assim como todo esse oxigênio!
"Não consigo respirar...o que está havendo?"
E...olhe só a luz dessa ambulância! Vermelho parece esperança aqui. Lá se vai meu amigo, com a mulher chorando ao seu lado, e pares de mãos tentando costurar sua alma de volta. Uma comédia.

"Espere! Eu não consigo rir!"

Humm...sabe que esta mulher se parece com a minha mãe?

"Não...está doendo! pare pare!"
-" Salvem esta vida, pois que fui eu que a pus no mundo!"
"Pare de chorar mãe, pare! Eu..não quero ver isso!"
Eu...
...morri?
Consegui? Não era ele? Era eu?...
...Que bom.
Chega de escadas.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Spring!

O que dizer da época em que as sílfides correm por nós, sob o canto dos sátiros? Elas balançam seu cabelo enquanto riem da sua tentativa de prendê-lo. Isso é divertido.
Mas o cupido, que deveria também se divertir nestes tempo, parece estar apenas observando as tragédias de outras flechas infelizes. É tão difícil, não?
É tão difícil ser a delicadeza de uma árvore, esplêndida mas solitária, numa floresta de concreto e rancor! Tão difícil lamber o orvalho num lábio que outrem foi tocado por uma lágrima, e agora sorri sem mais preocupações! Amar o fácil, o paupável! Tão, tão difícil.
Mas a primavera é também a esperança, certo?